Margaret Hamilton trilhou uma carreira excepcional como engenheira, matemática e cientista da computação, principalmente na Nasa, de onde parte de seus maiores feitos foram reconhecidos.
Durante a guerra fria, uma grande tensão tecnologia pairava no ar, os Estados Unidos e a União Soviética travavam uma disputa tecnológica para provar quem era a nação mais bem sucedida tecnologicamente. Os EUA planejavam a ida do homem à lua como o rito final da corrida espacial. Margaret, que já era pesquisadora no instituto de tecnologia de Massachusetts, desenvolveu um software no Laboratório Lincoln do MIT para o primeiro sistema de defesa antiaérea dos EUA, mas quando descobriu sobre a procura de cientistas para levar o homem a lua, se juntou à equipe rapidamente.
A Nasa solicitou para que esses cientistas inventassem o primeiro computador digital de bordo (O “AGC” ou “Apollo Guidance Computer”), um dispositivo compacto que fosse capaz de guiar, navegar e controlar a nave espacial até a superfície lunar.
É importante notar que nessa época os computadores ocupavam salas inteiras, e a carga da aeronave deveria ser a menor possível para não atrapalhar a decolagem.
A equipe de tecnologia foi dividida em duas partes, uma para o hardware e outra para o software, e Margaret ficou encarregada como líder do projeto de desenvolver o software de voo. Após a criação do software, essa metodologia de trabalho ficou conhecida como “Engenharia de software”.
O software encarregado à Margaret deveria fazer uma análise precisa em tempo real de erros inesperados do voo e resolvê-los sem a intervenção dos pilotos. A problemática é que os softwares daquela época apenas eram capazes de realizar tarefas em uma ordem pré estabelecida, apresentando erros ao encontrar resultados não esperados.
Para solucionar essa questão, Margaret e a sua equipe desenvolveram um software assíncrono, ou seja, que fosse capaz de interromper tarefas menos importantes em detrimento das mais importantes, garantindo que o software funcionasse independentemente de qualquer valor inesperado.
Após a entrega bem sucedida do software, Margaret imaginou que o software poderia auxiliar os astronautas de maneira gráfica a realizarem as suas funções. Ela então criou o “Priority Display”, que era uma tela que poderia interromper as tarefas atuais dos astronautas para alertá-los a respeito de alguma emergência.
Segundos antes do voo aterrissar, o software pôde detectar problemas fatais de sobrecarga e realizar o processamento dos trabalhos prioritários para a aterrissagem, também permitindo que os astronautas se comunicassem rapidamente com a torre de controle, realizando a descida bem sucedida da aeronave na terra.
Margaret Hamilton contribuiu fortemente para a ciẽncia da computação e para a história da humanidade, sendo reconhecida mundialmente pelos seus feitos.
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